ANATOMIA E POSICIONAMENTO
CRÂNIO
O
crânio é a
estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na parte mais
alta do corpo humano, ele é sustentado pela coluna cervical. Possui um
formato oval e, é levemente maior em sua parte posterior do que na
parte frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares,
que são imóveis (exceção da mandíbula), totalizando 22 ossos. Pode
ser dividido em face e o crânio propriamente dito.
O crânio propriamente dito é composto por 8 ossos, que se articulam firmemente para proteger o encéfalo.
Os ossos que constituem o crânio são:
Parietal - 2 ossos que formam as partes laterais superiores e o teto craniano.
Temporal - 2 ossos que
formam as partes laterais inferiores do crânio. Na parte petrosa do
osso temporal (interior da cavidade da orelha meia) ficam ossículos da
audição: Martelo, bigona e estribo; processo mastóide; canal do nervo
facial; canal carótico; processo estilóide, que da fixação ao osso
hióide; o MAE; fossa mandibular, uma ponte óssea entre os ossos
zigomaticos e temporal.
Ossos que formam a parte posterior e a maior parte da base do crânio:
Occipital - Osso que forma a parte posterior e a maior parte da base do crânio.
Esfenóide - constitui parte da
base anterior do crânio, pode ser visto lateralmente e inferiormente.
Lembra a forma de uma borboleta, tem uma cavidade aérea. O seio
esfenoidal; a sela turca ou túrcica, onde abriga a glândula hipófise,
também conhecida por glândula pituitária, a asa maior e a asa menor.
Etmóide - localiza-se na
parte anterior do assoalho do crânio entre as órbitas, formando o teto
da cavidade nasal. Neste osso encontramos cavidades aéreas
denominadas células etmoidais, uma crista que serve de fixação para as
meninges do encéfalo chamada crista etmoidal; lamina cribriforme; a
lamina perpendicular; as conchas nasais (suprema superior e media).
Parietal 2 -
Temporal 2 - Occipital 1 - Frontal 1 - Etmóide 1 - Esfenóide 1.
Linhas de
Posicionamento
LINHAS DO CRÂNIO
PVO – Plano vertical do ouvido ou linha médio coronal: divide o crânio em partes anteriores e posteriores;
LGM – Linha globelo meatal: refere-se a uma linha entre a glabela e o meato acústico externo;
LOM – Linha orbito meatal: localiza-se entre o canto externo do olho e o MAE.
LIOM – Linha infra-orbitomeatal ou linha da base de REID: Liga a parte inferior da órbita ao meato acústico externo;
LAM – Linha acantiomeatal: Liga o acântio ao meato acústico externo;
LMM – Linha Mentomeatal: São linhas formadas pela conexão do ponto mentoniano ao meato acústico externo;
PMS – Plano médio sagital: Divide o crânio em duas partes esquerda e direita) É importante no posicionamento preciso do crânio;
LIP – Linha interpupilar: É a linha que liga os dois canto dos olhos;
Chamberlain: É a linha que liga o palato duro a base do osso occipital;
LLM – Linha libiomeatal: É a linha da junção dos lábios com MAE;
LGA – Linha Glabeloaoveolar: É a linha que liga a glabela a um ponto na
região anterior do processo aoveolar do maxilar;
LSOM – Linha supero obitomeatal: É a linha que liga o teto da órbita ao meato acústico externo;
INCIDÊNCIAS BÁSICAS DE CRÂNIO
AP DE CRÂNIO
Tirar todos objetos de metal,
plástico ou outros objetos removíveis da cabeça do paciente. Fazer a
radiografia com o paciente na posição ortostática ou pronada.
PP: Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática
ou em decúbito dorsal, dependendo das condições do paciente. Em
pacientes com hipercifose, o posicionamento é melhor realizado em
ortostático;
PPt: PMS (plano médio sagital) do crânio perpendicular na
vertical ou sobre a LCM (linha central da mesa); LIOM (linha
infra-órbito meatal) perpendicular ao plano da mesa de exames;
Filme: 24x30 na longitudinal c/ Bucky.
Raio Central: perpendicular na vertical junto à glabela, paralelo a LOM;
Posição da parte : LIOM (linha infra órbito meatal) linha
sagital e linha interpupilar PMS, LOM (linha infra órbito meatal) e
linha interpupilar.
OBS: Alinhar as três linhas citadas à cima no Pt.A para que o
crânio não fique rodado nem inclinado. Esta incidência é utilizada
para o estudo de traumas, lesões e moléstias das estruturas do crânio.
A linha dos rochedos deve projetar-se no quadrante médio inferior das
órbitas.
IC: Ocorrência de trauma e/ou quando houver sintomas que
indicam anormalidades estruturais dentro do crânio como tumores ou
hemorragias, calcificações e TCE. O RX do crânio é também utilizado
para avaliar as anormalidades no formato da cabeça de uma criança.
DFoFi- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
LATERAL DE CRÂNIO
Tirar todos
objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeça do
paciente. Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou
deitada, semipronada(posição de Sim).
-
Colocar a cabeça em uma posição lateral verdadeira,
com o lado de interesse próximo do filme e o corpo do paciente com
obliquidade necessária para seu conforto. (Uma forma de avaliar a
rotação é palpar a protuberância occipital externa posteriormente e o
násio ou glabela anteriormente e garantir que esses dois pontos estejam á
mesma distância do tampo da mesa.)
-
Alinhar o plano mediossagital paralelamente ao filme, garantindo que não haja rotação ou inclinação .
- Alinhar a linha interpupilar perpendicularmente ao filme, garantindo que não haja inclinação da cabeça.
- Ajustar a flexão do pescoço para alinhar a LIOM perpendicularmente á borda anterior do filme (LGA estará paralela á borda anterior do filme)=LGA- Linha Glabeloalveolar.
Raio Central:
- Direcionar o raio central perpendicular ao filme.
- Centralizar para um ponto cerca de 5cm superior ao MAE.
- Centralizar o filme em relação ao RC.
- DFoFi de 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
INCIDÊNCIA AXIAL DE CRÂNIO
MÉTODO DE TAWNE
Tirar todos
objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeça do
paciente. Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou
decúbito dorsal.
- Abaixar o queixo, trazendo a LOM perpendicular ao filme. Para pacientes incapazes de flexionar o pescoço a essa extensão, alinhar a LIOM perpendicular ao filme. Adicionar um suporte radiotransparente sob a cabeça se necessário
- Alinha o plano mediossagital ao RC e á linha média do porta-filme ou da mesa/superfície do bucky
- Assegurar-se de que não haja rotação e/ou inclinação da cabeça.
- Garantir que o vértice do crânio esteja no campo do raio X.
Raio Central:
- Angular o raio central a 30º caudal em relação á LOM, ou 37º caudal em relação á LIOM.
- Centralizar no plano mediossagital, 6 cm
acima da glabela, ou atravessar aproximadamente 2 cm superior ao nível
dos MAEs (sairá no forame magno).
- Centralizar o filme ao RC projetado.
- DFoFi- 1m
Observação: Dorso da sela e clinóides posteriores visualizados no forame magno indicam
angulação correta do RC e flexão/extensão adequadas do pescoço.
A angulação insuficiente do RC projetará o dorso da sela acima do forame magno, e a
angulação excessiva projetará o
arco anterior de C1 para o interior do forame magno em vez do dorso da sela.
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
CRÂNIO HIRTZ
PP: Posição em ortostático. Pode ser feito sentado em AP com a
cabeça inclinada em 90º (melhor posição), encostado na estativa
levantando bem o queixo, hiper estendendo o pescoço se possível. Se o
paciente for incapaz de estender o pescoço o suficiente, angular o
tubo de RX conforme necessário p/ alinhar o RC junto ao PVO;
OBS: Esta incidência é muito desconfortável para o paciente,
tenha todos os fatores ajustados antes de posicionar o paciente e
complete a incidência o mais rápido possível;
Posição da parte: PMS na LCE (linha central da estativa) com
extensão da coluna cervical deixando o PVO (plano vertical do
ouvido), perpendicular a estativa, LOM (linha orbitomeatal) paralelo
em relação ao plano do filme;
OBS: Fazer o alinhamento das duas linhas citadas para que o crânio não fique rodado nem inclinado;
Filme: 24x30 na longitudinal c/bucky;
RC: Perpendicular (horizontal) ao filme passando pelo PMS
(plano médio sagital) do crânio e entre uma linha imaginária entre os
MAEs (meato acústico externo - passando através dos condutores
auditivos externos);
Colimação: colimar nas margens externas do crânio;
Respiração: Livre;
DFF: 1m;
PTA: PMS (plano médio sagital), nariz e MAE (meato acústico externo);
Estruturas mostradas: visualização da base do crânio,
zigomático, esqueleto facial, forame oval e espinhal, mandíbulas,
seio esfenoidal, células etmóides posteriores, processos mastóides,
cristas petrosas, palato duro, forame magno e osso occipital - ver
slide na antomia e vídeo aula pelo link relacionado;
IC: indicações para investigação de lesões
destrutivo-expansivas afetanto o palato, a região pterigóide e a base
do crânio, investigação do esfenoidal, avaliar espessura média lateral
da porção posterior da mandíbula, rotação condilar e avaliar fraturas
do arco zigomático, calcificações e tce;
Texto escrito pelos alunos da Escola Salute da turma TRM 8 e revizado pelo Prof. Ronaldo Calil.
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
WATERS MENTO-NASO
PP: Paciente em posição ortostático PA ou decúbito ventral,
esse exame é melhor diagnosticado em ortostático pois possibilita
visualizar os níveis hidroaéreos, pacientes com lábios carnudos pedir
para morder os lábios para que não cause sobreposição. Utilizar
cilindro de extensão.
Posição da parte: PMS na LCM (linha central da estativa), LMM
(linha mento meatal) perpendicular a estativa. O ponto mentoniano
deve estar encostado na LCM.
RC: Perpendicular ao acântio, entrando na órbita. O RC pode
ser angulado em 5 graus caudal, para eliminar a sobreposição dos
dentes superiores do seio maxilar.
DFF: cilindro encostado na calota craniana.
FILME: 24 x30, transversal dividido pelo cilindro de extensão.
CA: Visualizar seios frontal, maxilar e as conchas nasais (cornetos)
IC: Essa incidência é realizada para estudo de sinusites,
avaliação das conchas nasais e desvio de septo nasal. Em crinças, onde
alguns seios não estão ainda formados, estuda-se os cornetos (conchas
nasais).
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Posicionamento incidências complementares
MASTÓIDE
Processo Mastóideo em Oblíqua -
Paciente em decúbito dorsal com o lado a ser radiografado mais
distante da mesa de exame e sobre a L.C.M(Linha central da
mesa).P.M.S( Plano Médio Sagital) ângulado 35 graus com a
vertical..P.V.O (Plano Vertical da Orelha) angulado 55 graus com a
vertical.P.H.A (Plano Horizontal Alemão) perpendicular ao plano do
filme.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Raio Central: perpendicular na vertical entrando no tragus. Este exame tem por objetivo visualizar as células aeradas inferiores..
Projeção Lateral da Mastóide
- Paciente em decúbito ventral com o lado a ser radiografado
encostado na mesa de exames -P.M.S(plano medio sagital) perpendicular
ao plano da mesa.P.V.O(Plano vertical da orelha) perpendicular com a
mesa, e 2cm adiante da L.C.M, tendo o pavilhão auricular dobrado.P.H.A
(Plano H. Alemão) perpendicular ao plano da mesa.R.C angulado 15
graus caudal, entrando 4 cm acima do C.A.E.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Visualizar as células aeradas superiores.
INCIDÊNCIA CHAUSSE
Incidências de Chausse I,II e III-
Paciente com o lado a ser radiografado mais distante da mesa de
exames-P.M.S angulado 15, 20 e 30 graus com a vertical -P.V.O angulado
75, 70 e 60 graus com a horizontal -P.H.A perpendicular ao plano do
filme-R.C angulado 10 graus com a vertical, entrando na escama do
temporal, próximo ao rebordo externo da órbita e saindo no occiptal.
L.C.M
= Linha Central da Mesa - P.M.S= Plano Médio Sagital---P.V.O= Plano
Vertical da Orelha-P.H.A= Plano Horizontal Alemão- RC -raio central
Paciente em decúbito ventral com o lado a ser radiografado mais próximo à mesa de exames.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
INCIDÊNCIA DE STENVER
P.M.S
angulado 45 graus com a vertical -P.V.O ângulado 45 graus com o plano
da mesa -P.H.A perpendicular à mesa com 1/3 médio da linha de Reid na
L.C.M. -R.C angulado 12 graus cranial com a vertical, entrando na
base do occiptal e saindo no 1/3 médio da linha de Reid do lado
examinado. Visualizar pirâmide petrosa, canais semi-circulares e
ouvido médio.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
INCIDÊNCIA DE SHULLER I
Incidência de Schuller I-
A descrição deste posicionamento é igual ao da incidência de LAW,
porém, com uma única diferença, ou seja, o R.C para essa projeção será
angulado 30 graus caudal. Este exame tem como objetivo demonstrar também as células aeradas superiores, porém com uma maior ampliação.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
INCIDÊNCIA DE SHULLER II
Shuller II - Demonstrar as estruturas anatômicas do ouvido interno (cóclea, vestibulo e canais semi-circulares).
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
INCIDÊNCIA PARA ARCO ZIGOMÁTICO
Esta incidência radiografica tem por finalidade
demonstrar os arcos zigomáticos e o osso temporal. Existem "N" maneiras
de se realizar este exame, veremos a seguir uma das maneiras mais
fáceis, e em nossa opinião a que melhor demonstrar as estruturas
desejadas.
Antes de posicionar o paciente é necessário ter em mãos os
materiais que serão utilizados durante a realização do exame:
- chassi 18x24 ou 24x30
- apoio para as costas do paciente (travesseiro por ex.)
- apoio para o chassi (travesseiro ou lençóis por ex.)
Solicitar ao paciente que se deite em decúbito
dorsal, suas costas ficarão apoiada sobre o travesseiro de modo que a
sua cabeça obrigatóriamente fique fletida para trás em hiperextensão,
solicitar ainda que o paciente eleve o queixo até que a LIOM fique o mais paralelo possível ao filme.
Certificar-se de que não haja rotação na cabeça.
Repare nas ilustrações acima que o paciente
ficou com o pescoço hiperestendido de modo que a sua cabeça ficou
apoiada no chassi, repare também que o chassi está apoiado em um
suporte, ficando em uma posição de aproximadamente 45°.
Raio Central: Devemos
aproximar a ampola de Raios-X próximo ao peito do paciente, e em
seguida angular o raio no sentido cranial. No exemplo acima o paciente
tem uma fratura no Arco Zigomático D, o qual está indicado por uma seta.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Fratura com afundamento de zigomatico D - (Uso de filtro ósseo digital)
OBLÍQUA ZIGOMÁTICO
Está incidência estuda separadamente
cada arco zigomático. Para realizar esta incidência o paciente poderá
ficar em ortostático, decúbito dorsal, ou até mesmo sentado. Isso vai
depender das condições do aparelho e principalmente do paciente. Nas
condições abaixo o técnico colocará o paciente sentado.
Proteção radiologica do paciente.
Centralizar o PMS (Plano médio
sagital) sobre a LCM (linha central da mesa)e hiperestender o pescoço
elevando o queixo até que a linha orbitomeatal fique paralela ao filme
girar a cabela 15º para o lado de interesse.
Raio Central: RC perpendicular a Linha infra orbitomeatal, incidindo no meio do osso zigomático. Obs: Solicitar ao paciente que prenda a respiração durante a exposição.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Imagem obtida.
Incidência para estudo dos Zigomáticos
Oblíquas Póstero-Anterior semi-axial bilateral.
"Solidônio Lacerda"
Posição do paciente- O paciente deve estar em decúbito ventral, com o plano sagital mediano coincidindo com a linha da mesa.
Posição da parte- Linha
Horizontal Alemã (LIOM) perpendicular a mesa, girar a cabeça para o
lado oposto a ser radiografado de modo que o osso zigomático a ser
examinado fique posicionado na linha central da mesa.
Raio central- Incide
com angulação caudal de aproximadamente 25º em relação a LIOM (Linha
Horizontal Alemã). Ou angulação de aproximadamente 37º em relação a LOM-
(Linha Horizontal Americana), saindo no osso zigomático do lado a ser
examinado ou seja, o lado mais próximo do filme.
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Dfofil- 1m
MANDÍBULA
Paciente em ortostático ou em decúbito dorsal.
Paciente em decúbito lateral de
modo que o lado a ser radiografado fique mais próximo ao plano do filme.
Manter a cabeça do paciente em perfil, estender o pescoço de forma que
não haja superposição das vertebras cervicais. Girar a cabeça em 15º,
30º e 45º para o lado de interesse. Cada angulação visualiza uma
determinada região da mandíbula.
- 15º Visão geral da mandíbula.
- 30º Visão do corpo da mandíbula.
- 45º Visão mento.
Raio Central: Com angulação de 25° entrando abaixo do ramo inferior da mandíbula oposta. Obs: Solicitar ao paciente que prenda a respiração durante a exposição.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
PACIENTE ORTOSTÁTICO
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDÍBULAR
ATM DE FRENTE
Paciente em decúbito dorsal, com o
plano médio sagital perpendicular a linha central da mesa. Fletir o
mento a fim de deixar a linha orbitomeatal perpendicular. Plano médio
sagital sobre a linha central da mesa e certificar-se que não haja
rotação da cabeça.
Raio Central: Com uma angulação de 30º caudal a partir da linha orbitomeatal ou 42º a partir da Linha infraorbitometal. Dirija o raio central para passar a 2,5 com anteriormente ao nível sa ATM e 5 cm anteriormente ao MAE.
Observações:
- Prender a respiração durante a exposição;
- Alguns protocolos departamentais recomendam,
quando as condições do paciente permitirem que essas incidências sejam
obtidas tanto na posição com a boca aberta , quanto na posição com a
boca fechada para fins comparativos.
- Chassis 18x24.
- Colimar de forma que fique somente a área de interesse evidênciada.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Estruturas visualizadas: côndilo da mandíbula, fossa temporomandíbular e processos condióides.
ATM BOCA -FECHADA
Paciente em decúbito ventral em posição de
nadador, manter a cabeça em perfil de forma que o lado examinado fique
próximo ao filme, manter a linha interpupilar perpendicular ao filme.
Girar 15º a face em direção ao filme, mantendo a ATM sobre a linha
central da mesa.
Raio Central: Com angulação de 15º a 20º caudal, incidindo a cima MAE (meato acústico externo) , se possivel usar cilindro de extensão.
- Chassi 18x24: dividido transversalmente
ATM BOCA -ABERTA
Paciente nas mesmas condições mencionadas a cima , porém ele permanecerá com a boca aberta durante a exposição. Observação:
Realizar duas incidências, salvo quando haver suspeita de fratura,
neste caso a incidência com a boca aberta não deverá ser realizada. Nos demais casos, as duas incidências devem ser realizadas uma com a boca aberta e outra com a boca fechada.
Uma de cada lado. A ATM a ser radiografada é a mais próxima do filme,
identificar no filme o lado radiografado e também as incidências.
Estruturas visualizadas: ATMs direita e esquerda, condilos mandíbulares
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
HIRTZ-SUBMENTOVÉRTICE
Paciente preferencialmente em
ortostático,levantar bem o queixo, hiperesticando o pescoço se possível
até á LIOM estar paralela a superfície da estátiva. Certificar-se que
não haja rotação da cabeça.
Raio Central: Raio central perpendicular á LIOM, incidindo a meio caminho entre os ângulos da mandíbula
- Chassi 24x30 cm panorâmico na longitudinal e com o uso do bucky.
Observação 1:
Se o paciente é incapaz de estender o
pescoço suficientimente, angular o tubo de raio X a partir da
horizontal, conforme necessário para alinhar o raio central
perpendicular á LIOM. Esta incidência é muito desconfortável para o
paciente, portanto deixe todos os fatores ajustados antes de posicionar o
paciente.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Observação 2:
O uso de cilindro de extensão só é
usado em casos de avaliação dos seios paranasais. Se o interesse for
avaliar base do crânio, pirâmides petrosas, etc... e necessário fazer
sem o uso do cilindro.
PROCESSO ESTILÓIDE FRENTE
Paciente deitado em decúbito dorsal, Plano médio sagital sobre a linha central da mesa.
Rotacionar o plano médio sagital do
paciente 12º, em relação ao plano vertical, de modo que o lado
radiografado, fique mais próximo do filme. Fazer uma linha imaginaria do
incisivus superiores a ponta do processo mastóide.
Raio Central: angulado a 8º cranial , entrando no centro da boca, e saindo na base do processo mastóide.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
PROCESSO ESTILÓIDE PERFIL
Paciente em decúbito ventral em posiçao de nadador, com o lado a ser radiografo mais próximo ao filme.
Raio central: angulado a 10º, entrando no ramo inferior da mandíbula oposta e saindo no meio do corpo do processo estilóide.
Observação:
- Usar um chassi 18x24 panorâmico sem
bucky,colocar o chassi abaixo do rosto do paciente de forma que o lado a
ser radiografado fique próximo do filme
- Fazer uso de cilindro de extensão, para obter mais contraste radiografico e diminuir a radiação espalhada.
- Pedir ao paciente que mantenha a boca aberta e prender a respiração.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
Observação:
Quase todas as imagens sobre incidências
complementares foram cedidas gentilmente pelo site Playmagem, em
especial agradecimento ao colega André Siqueira ,cujos direitos autorais
são reservados,por isso o nome playmagem consta em todas as fotos
retiradas do site.
Proibido copia sem autorização.
ATLAS E AXIS C1/C2
Paciente em decúbito dorsal ou
ortostático, com os braços ao longo do corpo e o plano médio sagital
(PMS) sobre a linha central da mesa (LCM). Ajustar a cabeça do paciente
de modo que uma linha da margem inferior dos incisivos superiores passe
até a base do crânio (processo mastoídeo) esteja perpendicular á mesa
e/ou filme e angule o raio central em conformidade. Assegure-se que não
haja rotação da cabeça e do tórax. A boca deve estar totalmente aberta
durante a exposição.
Faça isso como ultimo passo, para que o paciente não precise ficar muito tempo com a boca aberta.
Raio Central: perpendicular ao filme, direcionado no centro da boca aberta.
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.
MÉTODO DE FUCH
Está é uma incidência alternativa também para se
visualizar principalmente o processo odontóide, pois muita das vezes a
própria estrutura anatomica do paciente dificulta o posicionamento
convencional, nos dados uma imagem cheia de sobreposições ósseas.
Para realizar a "INCIDÊNCIA DE FUCH", o paciente
deve estar em decúbito dorsal com o plano mediossagital (PMS) alinhado
ao RC e a linha média da mesa.
Eleve o queixo do paciente, o quanto necessário para
trazer á LMM (linha mentomeatal) quase perpendicular ao tampo da mesa
(ajuste o ângulo do RC conforme necessário para fazê-lo paralelo á LMM.
Garanta que não haja rotação da cabeça.
Raio Central: paralelo á LMM, direcionado para a ponta inferior da mandibula
DFoFil- 1m
Proteção: Colocar escudo de chumbo sobre a área gonadal.